terça-feira, 13 de agosto de 2013

A Esperança



Autor : Suzanne Collins, 
Editora :Rocco
Edição: 2011
Páginas 424







“A Esperança” começa com a nossa querida (ou não) Katniss Everdeen sobre as cinzas do Distrito 12. Após ser resgatada da arena pelos revolucionários do Distrito 13, ela se dá conta da triste realidade de não amais ter um lar e tem que se adaptar à nova rotina, contando com o apoio de novos aliados, novos inimigos em potencial e antigos parceiros.

Nessa obra Collins foi muito feliz com o uso dos seus personagens. Alguns secundários que eu jurava que nunca mais seriam sequer citados reaparecerem com relativa importância. Destaque para Finnick Odair, o responsável pelas piadinhas, que apesar de bem raras, serem ótimas.


O foco do livro é a guerra dos distritos contra a Capital. Contudo, a imagem clássica de homens guerreando em campo aberto com suas armas de fogo demorar um pouco a ser explorada pela autora. Ela se foca mais no lado publicitário da guera. Sim, no universo de Jogos Vorazes uma guerra precisa de mais do que apenar armas e soldados, mas sim de um símbolo e muita propaganda.

A elevação de Katniss à condição de pseudo-mártir para os revoltosos havia sido trabalhada desde o desfecho do primeiro livro, com as amoras. E se a garota foi usada como marionete da Capital durante sua primeira participação nos Jogos, e como uma peça no tabuleiro do “golpe” dos revoltosos sobre o Massacre Quaternário, agora ela está mais consciente sobre situação. Bom, pelo menos ela acha que está mais consciente… Essa nova situação não a torna totalmente independente independente, mas agora ela tem o direito de escolher se será ou não o “Tordo”, o símbolo de novos dias para Panem (ou seja, o símbolo da esperança).

Um dos problemas é que, com a tomada de consciência, Katniss tem uma profunda quebra de sua sanidade. O típico sofrimento pelo qual passa o homem que viveu a vida tona na caverna ao sair e ter os olhos queimados à luz do sol pela primeira vez, como dizia Aristóteles. Um ponto alto do livro são os delírios da personagem que, mesmo vistos como enfadonhos por alguns, foram capazes de despertar o senso de verossimilhança. Afinal, depois de duas passagens por genocídios camuflados de reality shows, seria praticamente impossível que um ser humano real se mantivesse psicologicamente centrado e focado em uma única meta.

O maior defeito desse livro é sua morosidade. Diferente dos irmãos mais novos, “A Esperança” demora para pegar no tranco e perdeu o brilho em um grande recurso da autora: o desfecho de capítulos. Se Suzanne fora expert em encerrar tomadas de Jogos Vorazes e Em Chamas com ganchos surpreendentes e instigadores, agora esses são mais esparsos. Claro, é um livro mais sóbrio. Não há mais muito o que ser revelado, e sim pontas a serem fechadas e explicações a serem dadas. E elas são dadas. Será que você está pronto para encará-las?

Um comentário:

  1. Eu adorei esse livro. Vejo muita gente falando, assim como você, que acho um pouco monótono. Para muitos é o pior da trilogia, enquanto para mim é o melhor. Talvez seja porque eu não gostei muito do primeiro enquanto todos amaram. (não é a toa que minha mãe gosta de dizer que eu sou do contra)

    Té mais...
    http://bmelo42.blogspot.com.br/

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